Meu amor, meu amor, repara na minha boca de vitríolo
e na minha garganta de cicuta jónica,
olha a perdiz de asa quebrada que não tem abrigo e morre
pelos desertos de tomilho de Rimbaud
olha as árvores como nervos desgastados do dia
chorando água de foices.
Isto é o que vejo na hora lisa de abril,
também na capela do espelho é o que vejo,
e não posso pensar nos pombos que habitam a palavras
Alexandria
nem escrever cartas para Rilke o poeta.
- Blanca Andreu
in De una niña de provincias que se vino a vivir en un Chagall
Sem comentários:
Enviar um comentário