segunda-feira, abril 15, 2013

Quando não cante mais


Quando não cante mais adivinharei
o esconderijo de um barco que terá
conseguido atravessar o oceano
emaranhado demais na noite

Serei a minha própria ilha um vestígio
de terra infecunda um coração
jamais arrependido porém sozinho
sempre sozinho recordando o mar


- Carlos Edmundo de Ory
in Música de Lobo, Galaxia Gutenberg

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