terça-feira, abril 23, 2013


O poema é ascensão furiosa; a poesia, o jogo de áridas ribanceiras.

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A fonte é rochedo e a língua é trincheira.

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Palavra, tempestade, gelo e sangue acabarão por formar uma geada comum.
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Se por vezes o homem não fechasse soberanamente os olhos, acabaria por não ver aquilo que vale a pena ser olhado.
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Encher de Sol a imaginação daqueles que gaguejam em vez de falarem, que coram no momento de afirmar. Assim são os firmes «partisans».
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A nossa herança não é precedida de nenhum testamento.
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Apenas nos batemos valorosamente pelas causas por nós próprios modeladas e com as quais ardemos ao identificar-nos com elas.

- René Char
(tradução de Margarida Vale de Gato)
in Furor e Mistério, Relógio d'Água

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