Quem dorme amorosamente cadáver na
cama de flores sobre esta água sombria
grave e quieta não é ela (todos os
dias a vejo subindo a rua tomando
café guiando o carrinho de compras pelos
corredores do hipermercado – nenhuma
vida espera sentada o fim do espanto alheio
pois não?) mas o infeliz costume que a minha
memória tem de imitar com o alimento
que lhe dou algumas mastigações famosas.
- António Gregório
in A Sul de Nenhum Norte
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