sexta-feira, março 22, 2013

Adília Lopes


Chamo-me Adília Lopes
sou a casa-insecto
a mulher-osga
uma colher transformada em faca
para minúsculos riscos
sou uma constante cosmológica
de acelerar galáxias
um telegrama sinfónico
na ausência de tudo

sou a verdade que prefere não sair
do bairro

- José Tolentino Mendonça
in Estação Central, Assírio & Alvim

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