Raramente há nomes ou
anos nostalgias tempos
passados pisados pontes
aquedutos ou ruas
Na minha poesia não há anais
nem tão-pouco tramas ou temas
nem bandeiras nem oficinas
Na minha poesia não há público
nem sermões nem discursos
nem passam comboios e não há
lua na minha poesia nem países
Na minha poesia não há finais
para entreter ou sonhar
com palavras cadavéricas
Na minha poesia há fulgor
- Carlos Edmundo de Ory
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