do que flores, por isso pinto-os:
belos e claros crânios de cavalos e vacas.
Quando me estendo sob as estrelas
na parte traseira do carro, com os coiotes a uivar
nos pinhais, é fácil sentir como estes ossos
são tão tal e qual os meus: eis a minha pélvis
tão parecida com a pélvis que encontrei hoje
polida pelo sol e pela areia. A mesma
cavidade onde o quadril deveria encaixar, a mesma
curva branca de osso debaixo da minha carne,
o mesmo berço de vida, sereno e silencioso em mim.
- Jillena Rose
(tradução de Luís Filipe Parrado)
Sem comentários:
Enviar um comentário