AGUARDENTE E PÓLVORA
Deu errado o que faltava
Estou como quem acorda
sem ter para onde correr
Gigolei puta doente
roubei firma
botei fogo
vendi pedra
malhei pó
Agora só lambo caco
vivo mijado e com fome
Tremo de frio, calor
alguém manda beber
aguardente e pólvora
quarenta dias seguidos
para ver se enxugo
as poças de dentro
Se eu pudesse
fincava um prego no céu
e amarrava a corda
para o teu pescoçoBAQUE, de FABIO WEINTRAUB
[com capa de Inês Dias,
100 exemplares, 80pp., 9€]
pedidos: edlinguamorta@gmail.com
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