(...)
Conhecemo-nos numa cave maldita
Quando éramos jovens
Mal vestidos os dois fumando à espera da aurora
Apaixonados pelas mesmas palavras cujo sentido era preciso mudar
Equivocados pobres crianças desconhecendo o que era rir
A mesa e os dois copos transformaram-se num moribundo que nos
lançava o último olhar de Orfeu
Os copos caíram e quebraram-se
Foi então que aprendemos a rir
Partimos depois peregrinos da perdição
Através das ruas através do país através da razão
(...)
- Guillaume Apollinaire
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