sábado, fevereiro 18, 2012

Sou tão sublime quanto grosseiro

Sou tão sublime quanto grosseiro
dramaturgo do choro e do riso
agarrado à alma tenho este corpo vazio
Sou rico valho um baile e uma missa

Sou vivo morrendo de corpo inteiro
corro por vezes e é lenta a minha urgência
Tenho um vazio no meu ser e sou sincero
A minha farda de humano é esta camisa

- Carlos Edmundo de Ory
in Metanoia, Visor

Sem comentários: