DESEJADA
Era a sua vez. Cuidadosamente
dobrou a gabardina sobre o braço.
Puxou o cabelo para trás, e o seu olhar
cruzou-se com o meu. Com os olhos
devolvi-lhe a calma. Ia-se embora,
mas voltaria, e tudo aquilo
terminaria bem. Fechou a porta.
Eu fiquei sentado, acariciando
tremulamente a sua roupa interior verde.
- Luis Alberto de Cuenca
in Poesía (1979-1996), Visor
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