que não acaba.
Dão nisto os centros:
carentes de resina, do cheiro a mar,
surdos ao ópus n.3 para vento e jacarandá,
ao relapso movimento da alegria,
contraem úlceras
que desditosamente se disfarçam em paus de incenso,
em certos livros tardios e vinhos mais caros
e lacónicos. O vento
é todos os ventos, escrevia Hugo,
mentindo a si mesmo, em Guernsey.
O arrabalde tem isto:
tatuado na retina é quase tudo,
pois à míngua de uma ideia de futuro
só o presente nele s’excelsa.
Ler oráculos de cabeceira,
por exemplo, enquanto lá fora,
sobre a pele do Índico,
num flamingo, bifurca a sombra.
- António Cabrita
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