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Há casas assim, existências destas capazes de deixar estupefactas as pessoas de senso. Ser-lhes-ia impossível compreenderem uma desordem que parecia não poder durar quinze dias e durava anos. Ora há muitas destas casas, destas existências problemáticas, ilegais, por impossível que isso pareça. Mas numa coisa a razão se não engana; se a força das circunstâncias é uma força, acabará por fazê-las sossobrar.
Os seres singulares e os seus actos associais são todo o encanto de um mundo plural que os repele. É angustiosa a velocidade adquirida pelo ciclone em que respiram estas almas trágicas e volúveis. Tudo começa por infantilidades; de começo tudo são brincos.- Jean Cocteau
(tradução de João Gaspar Simões)
in Os meninos diabólicos, Editorial Inquérito
fotografia de Inês Dias
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