em que vendiam canários
continua a pulsar, mágico e seguro,
como se eu tivesse ainda nove anos.
O velho gira-discos dos meus tios,
um sol brunindo o alpista derramado,
a palmeira sem nome e sem amanhã,
água em cubos metálicos.
O que foi restando lá dentro não soube
do sangue dos dias, da estranha
paisagem que a morte deixa ao fundo,
a luz como recordação de uns pássaros.
- Ángel Mendoza
in Pequeñas Posesiones, Renacimiento
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