Assim como se afundam emergem um dia.
Brancura da memória, fragmentos
de cerâmica, de crânios. Ossadas.
Alguém recolhe uma figura
de mármore. Alguém encontra
uma presa de leão. Tudo brilha
em tanta solidão, o branco, essa cor
que há no fim, a luz a arrasar tudo
o sonho dissolvido nas areias.
Muito lento o céu parece igual.
- Carlos Poças Falcão
in O Número Perfeito
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