sexta-feira, outubro 28, 2011

Realista, sim, mas

Realista, sim, mas absoluta-
mente contra
o «terrorismo da realidade»
que põe a imaginação a ferros
arruïna castelos subversivos
e retira aos corpos
a nudez dos nervos
(fumar charros em telhados de jazigos).

Realista, sim, mas absoluta-
mente contra
(por uma questão de higiene)
a racionalidade de merda
que afunda a imaginação em esgotos
e retira aos corpos
o perfume do esperma.

- António Barahona
in Raspar o fundo da gaveta e enfunar uma gávea, Averno

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