Tão pequeno tão ridículo
Que ninguém o teria notado
Mas nem ele mesmo
Queria ver-se ouvir-se
Inventou de tudo
Só para provar
Que a rigor não existia
Inventou o espaço
No qual expor as suas provas
E o tempo que guardasse as suas provas
E o mundo para ver as suas provas
Tudo o que inventou
Não era nem tão ridículo
Nem tão pequeno
Mas era é claro errado
Poderia ter sido diferente
- Vasko Popa
(tradução de Nelson Ascher)
in Poesia Alheia, Editora Imago
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