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Comove-me esse rapaz que está na bibliotecaa ver livros antigos
de Juan Ramón, de Rilke, de Alberti (de quem guarda
um autógrafo com foto).
Comove-me ver como passa a tarde
com tanta noite ao fundo.
Como uma voz o avisa, como apagam as luzes,
como ele se apaga, como
de regresso ao seu bairro onde ninguém o espera,
onde todos o esperam,
vai pensando uns versos, vai sonhando essa música
que não dirá aos outros.
Miúdo da rua que apedreja os candeeiros do jardim
e tenta fazer de mau.
- Ángel Mendoza
(tradução de Inês Dias)
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