Para onde vai, quer-se dizer, toda a gente?
Espiral que no limite só terá uma saída,
a vala comum em que não quero pensar
agora. É domingo na esplanada da Suíça,
uma cegueira branca de pálpebras e sol.
O coração de Babel fica a nordeste da praça,
o grande harmónio crioulo que se contrai
e dilata. Sinhóra (a caixa traz pensos-rápidos,
a outra mão vem estendida, em linguagem
universal). Sorry, dear. No tengo monedas. Feridas
que cicatrizam no momento em que se abrem.
De súbito, um improvável grupo de zés-pereiras.
Não há, convenhamos, elegia que consiga resistir
a tantos bombos. Albo lapillo diem notare.
Marcar de novo certos dias com uma pedra
branca, os mais nefastos com uma pedra negra.
Calçada tristalegre de Lisbuna.
- Vítor Nogueira
in Mar Largo, & etc
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