Chega até mim, vacilante, e sobe a parede do Colégio.
Em baixo, o relvado, sob a sombra azul e suave, mantém
A espuma silenciosa das margaridas em amena escravidão.
Para lá das suas folhas suspensas sobre a rua,
Na calçada de lajes varridas e de um branco estival,
Há a multidão que com sombras a seus pés
Caminha de um lado para o outro.
Distante, ainda que oiça a tosse do pedinte,
Vejo os dedos cintilantes da mulher a dar-lhe uma esmola.
Estou sentado, sem culpa e certo de ser para mim melhor
Ficar longe de um mundo a que nunca me hei-de juntar.
- D.H. Lawrence
(tradução de Maria de Lourdes Guimarães)
in Os animais evangélicos e outros poemas, Relógio D'Água
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