Aos olhos dos Anjos, os cimos das árvores
são talvez raízes que bebem os céus;
e, no céu, as raízes profundas de uma faia
parecem-lhes cumeeiras de silêncio.
Não será que, para eles, a terra é transparente,
face a um céu cheio como um corpo?
Esta terra ardente onde o olvido dos mortos
se lamenta e chora – à beira das nascentes.
- Rainer Maria Rilke
(tradução de Maria Gabriela Llansol)
in Frutos e Apontamentos, Relógio D'Água
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