quinta-feira, fevereiro 24, 2011

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Escrever é como a segregação das resinas; não é acto, mas lenta formação natural. Musgo humidade, argilas, limo, fenómenos do fundo, e não do sonho ou dos sonhos, mas de barros escuros onde as figuras dos sonhos fermentam. Escrever não é fazer, mas sim aposentar-se, estar.



IL TUFFATORE

Não nos demoramos à superfície mais do que o lapso de uma inspiração profunda que nos permita regressar ao fundo. Nostalgia das brânquias.

- José Ángel Valente
(tradução de António Cabrita)
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