quinta-feira, janeiro 27, 2011

Os carnívoros

Os corpos repousam para amar. Sob a superfície volante das mesas as sombras transparecem. São asas mergulhadas nas cavernas. São poços de pequenos astros.

Pensaremos no peixe alado no símbolo erótico na força nas mais tenebrosas angústias desta existência de carícias de medo – este porvir anunciador de mais verdadeiras idades.

Paramos nas mergulhadas estradas do limite como se rápidas viessem ao nosso encontro sobrenaturais chamas.

Paramos olhando perdidos sangrentos carnívoros que temem o fluir do sangue.

- Carlos Eurico da Costa
in a Cidade de Palagüin, & etc

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