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Deixai-me os canteiros de flores brutais,as cores de fogo enquanto se medita e canta,
paixões de anos volvidos,
como Marieta, esse doido amor de Varecruz.
Cielito Lindo, demais cantinas,
puras, copiosas fontes do entardecer,
nocturnos que perduram no homem,
suas chamas e sede, seu olvido.
Tequila, Mezcal,
cactos ardentes cujo rumor cresce à deriva, de
dentro,
profundamente,
comovida embriaguez errante, estrangeira –
mãe,
nossa mãe antiga,
vela por nós que bêbados vamos pelo mundo,
alumia a ampla estrada e o abismo,
deixa-me o México que penso e bebo.
- José Agostinho Baptista
in Autoretrato, Assírio & Alvim
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