podemos sempre contar com o corpo,
o algodão das palavras, este copo de vinho,
o desafio da virtude no asilo das artes.
Ou, se quiseres, um cibo de erva
na mortalha para melhor contemplação
dos limites, da caca de pombo estrelada
nas telhas, abaixo de nós.
Que nos falta para viver uma festa?
Quase nada, reconhece. Talvez companhia,
um pouco menos de ruído, não sei,
cancelar de vez a assinatura do mundo.
- José Miguel Silva
in Erros Individuais, Relógio D'Água
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