(ele já a deve ter levado a casa, não?),
O quarto quente como um forno,
A bebida amortecida, que oculta o modo
De nos encontrarmos amanhã e depois
E a dor de sempre, como disenteria.
Outro que lhe sente as mamas e a cona,
Outro afogado no seu olhar, todo pestanas,
E eu que deveria ser ignorante
Ou achar tudo isto engraçado, ou nem sequer
Me importar… Mas para quê pô-lo em palavras?
Em vez disso, isola este elemento,
Que se estende por sobre outras vidas, como uma árvore
E de certa maneira as move,
E diz porque nunca resultaram as coisas para mim.
Alguma coisa que tem a ver com violência
Há tanto tempo, recompensas erradas
E a arrogante eternidade.
- Philip Larkin
(tradução de Hugo Pinto Santos)
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