domingo, setembro 12, 2010

Esquecimento

É ao esquecimento que pergunto as
Palavras violadas por outros chefes
Que verteram o sangue num excesso
Em tirania, e desejaram armas num castelo
Onde a guerra não é moderada, nem prudente
E onde se escreve a odiosa carta
A ferro e fogo, na sombra postiça de um
Porta-estandarte.

É ao esquecimento que pergunto
Pelo enforcado a quem prestei confiança
E lealdade, e que me defendia das posições
Em barricada e de um machado
Jamais usado de arbusto em arbusto
No bosque do terceiro quartel
Deste tempo vermelho.

É ao esquecimento que pergunto
Pelas sombras sitiadas de ameaços e gritos
E onde lanço as mãos brancas
Sem razões,
Continuando este trabalho da urgente
Edificação da memória.

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