Acho que és tu, avó, que me escutas
Nos momentos menos felizes.
Eu estou sentado na mesma cadeira de menino
Balouçando as tuas agulhas
Que picam o caminho dos teus filhos.
Hoje voltei ao lugar
Onde recolho amoras e figos
E encontro a tua ausência
No sítio onde estou só.
Tão só - tão verdade. Como é tão certo
A solidão rimar com mãos cuidadas de
Quem se despede da vida
Para criar novos frutos.
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