para a Elvira Tristão Nazaré Barbosa
Decora esta palavra, eternidade
Aprende de cor estas letras
Até que não ouças o fervilhar do tempo
Até que esgotes o mundo subindo nos exercícios da memória.
Decora esta palavra.
Repete-a
Como se repetem as manhãs
E as águas frescas da fonte do pomar.
Olha de frente o corpo que sabes não ser eterno.
Vive com ele
Morre com ele, se quiseres.
Mas antes,
Abre janelas
Abre todas. As tuas e as dos outros.
Todas elas.
Deixa apenas os teus gestos para que os pássaros possam
Repousar no teu tempo.
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