sábado, agosto 28, 2010

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Húmus de boca escura
de um jardim já fanado...
Mal se partem os vidros,
levantam-se as urtigas
até aos telhados e aos palanques.
Tumulto em ânsias.
Sonho em odor de hortelã.
Mulher de papel de seda
que as trepadeiras apertam.
Anões agora cúmplices
dos pombos-correios.
Engulo um jardim.
Brinco ao roubador de andas.

- Jacques Izoard
(tradução colectiva - Poetas em Mateus)
in Jardins mínimos e outros poemas, Quetzal - 1994

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