o pássaro deixa a cor
no preto-e-branco do voo
mas como em silêncio
mesmo em alto verso é pardo
retoma o pássaro na cor o canto
***
o pássaro deixa a cor
no rasto vácuo do voo
quem o contempla
reconstitui na memória
as pinceladas da hipótese
a abstracção
o pássaro rouba ao canto
qualquer vestígio de história
***
o pássaro
deixa a solidão
no arquipélago do bando
entre as cores temporárias
navegam antigas corsárias
que inventam a multidão
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