Um jovem que esteve preso na Alemanha, dois anos após o fim da guerra, regressa a Bona para se regozijar com o sofrimento dos alemães. Da janela da pensão, pela manhã, olha satisfeito o deserto de escombros em que se tornou aquela cidade.
Mas ao fundo da rua, uma pequena banda aparece, tocando uma marcha militar com sons claros, nítidos, esféricos. De onde vinha e para onde se dirigia? No porte dos músicos, havia um desejo de recomeçar e já se adivinhava a eterna teimosia do povo alemão.
E o jovem começou a soluçar.
Mas ao fundo da rua, uma pequena banda aparece, tocando uma marcha militar com sons claros, nítidos, esféricos. De onde vinha e para onde se dirigia? No porte dos músicos, havia um desejo de recomeçar e já se adivinhava a eterna teimosia do povo alemão.
E o jovem começou a soluçar.
- Tonino Guerra
(tradução de Mário Rui de Oliveira)
in Histórias para uma noite de calmaria, Assírio & Alvim
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