quinta-feira, maio 06, 2010

A um amigo morto

A tua casa morreu.
Só tu vives ainda.

Morreu porque apodreceu
a flor nascida
na terra do cativeiro.

Mas tu vives na memória.
Bates às portas
do tempo.

És livre.

Só por isso te acompanho.
Em tua casa não entro.

- Ruy Cinatti
in Archeologia ad Usum Animae, Presença

Sem comentários: