a dentadura para sorver as últimas pedras
de gin no cibercafé do bairro alto.
Depois descalçou-se e foi outra vez
estrangeira e loura, como se houvesse morte
para isto. Aquela que haverá, decerto,
e nos encontra mudos ao final da tarde.
Nós, digamos assim, tínhamos visto tudo.
Só não sei quem chorava mais: tu
ou o ar condicionado da 24 de Julho.
Os semáforos, em vez do coração,
lembravam um pénis no lavatório
à espera de outro poema
e da vida nem por isso.
- Manuel de Freitas
in [SIC], Assírio & Alvim
Sem comentários:
Enviar um comentário