pela hora de verão numa sombra demorada
administram a Europa com equanimidade;
planando sobre terras aonde ressoam antigos
mitos, citam rios, bosques e montanhas,
superfícies de vidro luzido e pedra castigada,
santificam e banem com o relâmpago e o raio
na sua dança, sem pátria, sobre os caminhos
os campos onde pastam rebanhos complacentes.
Precedem-nos como anos que tudo validam,
nós, esquecidos da dispensação mosaica, atrasados,
no calendário gregoriano, para o ofício de trevas.
- Paulo Teixeira
in Descanso na fuga para o Egipto, Caminho
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