Lembro-me de uma fotografia de Alexandre Herculano
vinda na História de Barcelos. Está sentado num cesto de vindima
um cesto de vime de encontro a uma parede de Vale de Lobos.
E se nos habituamos a sonhar, o sonho
somos nós quem o inventa
a árvore a água o mesmo se dizemos aos amigos «vou morrer»
dia a dia o inventado transforma-se cresce por de dentro dizendo
mal de nós vêm diante todos os sonhos da terra inúteis
sempre pequenos surgidos. Aumentam quando passamos os dedos pelo
pó dos móveis ou se na humidade do inverno escrevemos nomes nos vidros
das janelas.
E a cidade também. Ouve tudo o que lhe quero dizer os defeitos
a utilidade dos outros.- João Miguel Fernandes Jorge
in Alguns círculos, Editorial Presença
domingo, março 07, 2010
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poesia de fora
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