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em noites encosto o ouvido ao coração dos mapas
e só eu sei que homero era cego
(digo) como o sangue circula entre as pedras
como alguém me coloca o fogo pela cintura
e me interrompe os olhos com paisagens
ah alecto dialecto sombrio incrustado
às raízes do chão
entre braços
nunca pronuncio o meu verdadeiro nome
não há nada que eu sinta nas casas
são as filhas da noite
que constroem paisagens
como se fossem barcos
que navegam o vento em gotas de sangue
são as filhas da noite que trazem os alimentos
mais vorazes
depois sentam-me nas casas
e falam-me de anjos e de flores
e não há nada que eu sinta nas casas
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