segunda-feira, outubro 12, 2009

A influência de certo imaginário islandês na poesia portuguesa mais recente

Vou escorregar, sim, e vou cair. Mas, antes da cabeça atingir com estrondo o chão gelado, vou roubar - só para os teus olhos - duas dessas imagens: cães latindo na neve, à beira dos portões, de baba espessa a escorrer das mandíbulas e o trenó dos meus irmãos a atravessar, sem remos nem velas, o crepúsculo de águas cheias de flores e moedas trémulas como um último sorvo de ar.

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