nossos barcos de caruma
e casca de pinheiro.
Túneis, frutos, tardes
de geleia e confissões.
Apostávamos desejos,
a braços com mundo,
o soletrado breu.
Não sabíamos do caule
que se quebra, do leite
que se entorna,
o que iria ser de nós.
Hoje já sabemos
de onde vem
este gosto de perder.
- José Miguel Silva
in O sino de areia, Gilgamesh
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