A poesia dá-nos a oportunidade de, por breves instantes, experimentarmos os pensamentos de outros e, assim, pormos em movimento - e talvez desenvolvermos - partes da musculatura da mente que, por falta de uso, se tornariam flácidas. Fazendo-o, isto amplia a gama das nossas possibilidades de escolha para decidirmos que tipo de pessoa nos tornaremos. Nada disto é fácil, mas a maior parte das coisas que nos dão verdadeiro prazer também não o são. Tal como o basquetebol ou os enigmas, a poesia é uma daquelas coisas que definiríamos como "trabalho árduo" - não se desse o caso de ter tanta piada.
(versão minha do depoimento do poeta reproduzido em The invisible ladder, selecção e organização de Liz Rosenberg, Henry Holt and Company, Nova Iorque, 1996, p. 7).
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