nunca sabíamos como
vinha, pousava o queijo
branco sobre as folhas
de conteira e ordenava
que ouvíssemos
o vento lá fora atirando
as palavras contra a porta. partia
o queijo e dizia: o poema
é isto, branco sujo, recinto
de bolor, rajadas e nada
de bom. deixemo-lo desistir.
perder-se na noite, para depois
arejarmos a casa.- Renata Correia Botelho
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