quinta-feira, setembro 17, 2009


Ah se ao menos pudesse
sucitar o amor
como declive certo para o meu destino
E acomodar a respiração
fixa dentro das folhas
e retirar à natureza o seu sentido!
Ó se ao menos pudesse
tocar a luz com dedos trémulos
a galharda que nos brota do peito,
corpo astral do nosso viver só
permanecendo embora pedra, início, margem
tangível aos deuses...
e violar os paraísos mais fechados
com apenas a substância do afecto.

- Alda Merini

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