apático, talvez.
Olho para lá da vidraça a rua:
uma árvore que o vento,
ora brusco ora suave,
desgrenha;
sombras, claridades,
gente passando.
E entre papéis que não me dizem
nenhuma vida (e nem a morte),
vagamente apeteço a rua,
o vento,
a árvore;
ser sombra ou claridade,
alguém que passa no seu
destino só de passar.
Nem feliz nem infeliz: à espera
de tudo
e de nada.
Morre vagarosa a tarde.
Logo, depois do jantar,
como todos os dias lerei o jornal.
Pedro da Silveira - Corografias
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