e mais com o que quer ser teu íntimo.
A morte usa muito o vizinho,
mais, o prestativo e o bonzinho.
Ao cruzá-lo no elevador
cruzá-lo como um cobrador,
sem bons-dias, sem boas-tardes,
como se pedras se cruzassem.
Do vizinho que diz bom-dia
nenhum boa-morte ouvirias,
que os votos dele ou da vizinha
estarão mais aquém da linha.
- João Cabral de Melo Neto
Sem comentários:
Enviar um comentário