contra o portal da porta,
ao longe, reconhecendo vagamente
o que o meu tempo pode ainda trazer.
O escuro da noite jorra sobre mim
milhares de olhos que me fitam;
mas Abba, Pai, se essa for a tua vontade,
afasta esse cálice dos meus lábios.
Com firmeza o teu desígnio tem o meu amor,
este papel que me deste quero ter;
mas agora encena-se um drama diferente:
poupa-me agora do teu caminho.
E no entanto a ordem dos actos é fixa,
o fim do caminho é irreversível.
Estou só. Agora é o tempo dos Fariseus.
A vida não é como um passeio ao campo.
- Boris Pasternak
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