quinta-feira, junho 18, 2009

Três poemas de Guillermo Boido

Sociedade de consumo

A poesia não se vende
porque
a poesia não se vende


Metalinguagens

hinos de liberdade não são a liberdade
só a liberdade é hino de liberdade


Credo

Não vi a ressurreição da carne
em contrapartida vi como um homem pode
entre os dentes da dor o chicote a fome
tornar-se alimento da sua própria carne
até alcançar o tamanho dos mortos.

(tradução de David Teles Pereira)

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