e Nig, o seu cão, companheiro fiel, seu consolo e seu amigo.
Ao longo da cinzenta via, filhos, amigos, homens e mulheres,
um a um foram deixando esta vida, deixando-me sozinho
com o Nig, meu parceiro de copos, que partilhava a minha cama.
No dealbar da vida eu conheci a esperança e pressenti a glória,
mas essa mulher, que me sobrevive, armadilhou a minha alma
com uma armadilha que me sangrou até à morte.
Até que eu, outrora forte de vontade, sucumbi à indiferença,
vivendo com o Nig nesse quarto sujo, nas traseiras do escritório.
Aconchegado sob o meu maxilar jaz o nariz ossudo de Nig.
A nossa história perde-se no silêncio. Passa ao largo, mundo insano!
- Edgar Lee Masters
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