eu disse o que disse e não me arrependo, embora talvez se fosse meu professor, agora que já pisei e estou uns passos mais à frente, pudesse corrigir-me. excedi-me mas não podia deixar de me exceder. qualquer escrita é já em si um excesso. não podemos ficar calados, por isso falamos e quando sentimos que não nos ouviram o suficiente, então, escrevemos. pois, quem não gostou do que leu devia ter prestado atenção quando eu falei. e se não o quis, bem, então não é agora o melhor momento para me apresentarem as queixas.
no outro dia um palhaço triste disse-me para ter cuidado com a palavra escrita porque ela tem muita força, infelizmente ele não deverá ler estas palavras mas eu agora gostava de lhe responder dizendo que a força que a palavra escrita tem só existe no momento em que alguém se interrompe por um momento para finalmente mergulhar no que o tipo que juntou as letras quis dizer noutro momento. eu quero dizer que 2007 foi um ano que passou, passou para mim e para quem chegou até aqui - podemos fazer contas e listas, top's e outras somas ou cálculos, mas isso não emenda nenhuma das linhas que escrevemos (ou deixámos de escrever). para mim o maior pecado de todos não é o excesso por si só, é o excesso de cuidado que muitas vezes nos deixa reféns de um silêncio que nos obriga a sorrir quando não apetece e a apertar a mão ou a pata de cada vadio que cruza o nosso caminho.
se querem uma mensagem de fim de ano, digo-vos que não me arrependo de nada mas se quiserem falar de minutos e horas talvez consigam de mim alguns pedidos de desculpa. a partir daí construam as vossas próprias imagens do ano que passou, a mim interessa-me mais o ano que ainda não passou.
no outro dia um palhaço triste disse-me para ter cuidado com a palavra escrita porque ela tem muita força, infelizmente ele não deverá ler estas palavras mas eu agora gostava de lhe responder dizendo que a força que a palavra escrita tem só existe no momento em que alguém se interrompe por um momento para finalmente mergulhar no que o tipo que juntou as letras quis dizer noutro momento. eu quero dizer que 2007 foi um ano que passou, passou para mim e para quem chegou até aqui - podemos fazer contas e listas, top's e outras somas ou cálculos, mas isso não emenda nenhuma das linhas que escrevemos (ou deixámos de escrever). para mim o maior pecado de todos não é o excesso por si só, é o excesso de cuidado que muitas vezes nos deixa reféns de um silêncio que nos obriga a sorrir quando não apetece e a apertar a mão ou a pata de cada vadio que cruza o nosso caminho.
se querem uma mensagem de fim de ano, digo-vos que não me arrependo de nada mas se quiserem falar de minutos e horas talvez consigam de mim alguns pedidos de desculpa. a partir daí construam as vossas próprias imagens do ano que passou, a mim interessa-me mais o ano que ainda não passou.
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