penso lua e escrevo algo aleatório
na superfície do espelho.
estou nua e estou com pressa
porque no interior da carne
reside a lascívia do teu nome
e o espelho deixa-me naufragar
nos devaneios
da tua memória húmida.
escrevo porque escrever-te
é conduzir cada som à sua origem
de lábios e de mar
num sôfrego silêncio,
num caderno de crimes,
onde verto a minha pele quente
na superfície gelada do meu reflexo.
Sara F. Costa
3 comentários:
tão bom este poema!
Obrigada, Diogo. Faz parte de um novo trabalho. Obrigada pela opinião!
gosto tanto, é tão bom encontrar um poema assim.
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