Ultimamente tenho sentido uma quase absoluta vulgaridade que impregna tudo o que escrevo. Penso que talvez resulte de uma certa insistência contra os dias. Talvez nem todos os dias gostem de se sentir usados, talvez a alguns tenhamos que os libertar, deixá-los ser sem fazer deles espaço de um aproveitamento textual...
O que é triste é que quem fica pendurado somos nós. Finalmente a falta de inspiração pousa na nossa cabeça uma mão pesada que nos desalinha o cabelo enquanto uma voz, qualquer voz, vem e nos deixa a interrogação: Afinal quando foi que te convenceste que o que consegues escrever é especial?
E com uma nova leitura de algumas coisas que escrevemos tudo se desmancha e as palavras ficam prostradas no nosso colo... e eu sinto uma tremenda irresponsabilidade - todas as palavras que eu enganei com promessas de alcance infinito ficaram-se por aqui. Agora lançam-me olhares enviesados e ou sou eu que estou surdo ou elas de repente calaram-se e estão a pensar coisas terríveis. Deixam a disposição vulgar que eu lhes dei, rearranjam-se e escrevem uma frase que eu tenho evitado ler: Deixa-nos em paz. Tu não és um escritor.
O que é triste é que quem fica pendurado somos nós. Finalmente a falta de inspiração pousa na nossa cabeça uma mão pesada que nos desalinha o cabelo enquanto uma voz, qualquer voz, vem e nos deixa a interrogação: Afinal quando foi que te convenceste que o que consegues escrever é especial?
E com uma nova leitura de algumas coisas que escrevemos tudo se desmancha e as palavras ficam prostradas no nosso colo... e eu sinto uma tremenda irresponsabilidade - todas as palavras que eu enganei com promessas de alcance infinito ficaram-se por aqui. Agora lançam-me olhares enviesados e ou sou eu que estou surdo ou elas de repente calaram-se e estão a pensar coisas terríveis. Deixam a disposição vulgar que eu lhes dei, rearranjam-se e escrevem uma frase que eu tenho evitado ler: Deixa-nos em paz. Tu não és um escritor.
1 comentário:
Diogo, amanhã vou para fora alguns (poucos) dias, quando é assim não acedo à net, venho desejar que estejas e fiques bem. E também para te dizer que hoje vi um filme que me reconciliou com a nossa frágil humanidade - muito bom, não digo mais: Shortbus (por cá está no Saldanha Residence, e não deve aguentar-se muito). Vá quando estiveres triste não te esqueças que sou teu amigo. E repito que tens coisas lindas no teu blog.
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